Existir por existir...foi sempre o que fiz até agora...apenas existir. Ser mais um corpo, talvez vazio e desprovido de sentimentos e emoções, frio, gelado mesmo...Um corpo que inspira e expira o ar poluído e asfixiante que o rodeia...Apenas um corpo, um rosto de olhos vazios e ocos, um corpo cansado e exausto, como diria o poeta "tudo em mim é cansaço"...Um corpo encravado e encuralado num poço sem fundo, abaixo da terra, abaixo do limite do sopurtável e que conhece a dor, o frio, a solidão e a escuridão mais do que devia, onde o ar é menos ar e mais demência...onde a luz não se atreve a chegar.
Sorrisos...de que servem eles? Lágrimas...para quê vertê-las? Abraços, beijos, carícias...para quê ansiá-las, desejá-las e recebê-las se quando o tempo passa se tornam em memórias dolorosa e penosamente toleráveis que enchem o meu poço e que o tornam cada vez mais pequeno?
Existir por existir...para quê existir de todo se vamos parar sempre ao mesmo sítio e se a felicidade é recôndita, utópica e efémera?
1 comentários:
Finalmente consigo comentar esta treta xD
Epah olha a serio gosto mesmo dos teus textos. Este para mim é até agora o melhor *.*
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