terça-feira, 6 de outubro de 2009

Versos Mortos


Às vezes o tempo pára e ficamos sós
Mas quando o relógio recomeça,
De um novo começo,
Já nada resta de nós

E se um dia andar por aí,
Perdida em pedras sozinhas,
Pedras que de escritas têm água
Água de minhas lágrimas vazias
E se um beijo teu vale mais,
Muito mais do que mil palavras
Em mil silêncios meus,
Ressoa a loucura de alguém,
Que em tempos foi ninguém
E de ninguém o tempo solta amarras

Porque os poetas já não sofrem
E os mortos já não rimam
Se eu,
Louca e em desvario no meio me encontro
De paixão sinto fastio.

1 comentários:

josé luís disse...

gosto muito muito deste poema

[apesar do título, são os versos mais vivos que li seus...]