segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Súplica


Tenho saudades tuas. Continuo sem perceber a razão pela qual me deixaste...O que há de tão belo nesse lugar para que me deixasses assim, tão depressa e repentinamente?O que fiz eu de mal para me abandonares desta maneira? Seja o que for perdoa-me, peço desculpa...mas por favor, peço-te por tudo o que é mais sagrado para mim (e acredita que depois de teres partido poucas são as coisas que para mim são sagradas), eu não te peço...suplico-te - volta para junto de mim!
Sem ti estou perdida no meio dos abutres, não sei quem sou ou quem ambiciono ser...não sei se me lembro de quem fui!
A noite vai longa e eu não consigo dormir...a tua presença é tão forte, estejas tu onde estiveres...O meu quarto, a minha cama estão frios e não me dão o conforto de que preciso...estou dobrada sobre mim mesma com um medo de morte de me partir em dois, de me dilacerar...Quero ser o mais pequena que consiga, o mais invisível e transparente. Apenas tu conseguias com que brilhasse e existisse, que fosse radiosa e atrevo-me a dizer feliz!
Porque me abandonaste? PORQUÊ?????
Quero-te de volta...Quero abraçar-te outra vez e não apenas nos meus sonhos...esses já de nada servem, já não me dão alento ou conforto...o único conforto possivel é nos teus braços outra vez mas isso é impossivel, não é? Tu partiste de vez, quando eu mais precisava de ti...Eu prometo que se voltares volto a ser quem era e não o monstro em que me tornei desde que partiste.Eu prometo que volto a ser aquela menina inocente e sorridente que voltava para os teus braços a correr depois de voltar da escola. Eu prometo que sorrio todos os dias se voltares, prometo que não verterei nem mais uma lágrima nem sentirei mais ódio...eu prometo.
Só quero que voltes para junto de mim, que me guies como sempre fizeste, que me ajudes e ensines a viver. Volta e eu sei, tenho a certeza que me sentirei em casa outra vez, eu sei que sim! Volta, por favor volta! O que é preciso eu fazer para que voltes para mim e para eu compreender onde falhei?
Tenho saudades tuas e não sei se as consigo aguentar.
Tenho medo de esquecer o teu rosto, o som da tua voz e o teu abraço forte.
Eu preciso de ti, mais do que nunca.
Por favor volta, não me deixes sozinha! Tenho medo...

domingo, 28 de dezembro de 2008

Quando tudo chega ao fim

Quando tudo chega ao fim

E a esperança é vã e sem fundamento
E porque o caminho precorrido foi árido, cheio de pedras, tropeções e quedas...
Quando tudo chega ao fim já nada disso importa
Não importa se tenho fome, sede, se sinto dores ou me falta o ar
Não importa se chove ou faz sol
Porque o fim é isso mesmo...o fim...
O vazio, a mancha negra cheia de nada
Onde nem o eco existe...
Onde nem o eco existe...
Onde o tudo passa a ser o nada
E onde o nada nada é.
É apenas vazio, um salto no escuro, no desconhecido que nunca se dará a conhecer
Em que o que é passa a não ser e em que uma vez lá dentro nada será igual,
Nada.

sábado, 27 de dezembro de 2008

O que não esqueço


Esqueci-me de quase tudo.
Esqueci-me da cor do sol e que cores dá ao dia
Esqueci-me da textura da água, da terra e de todos os objectos.
Esqueci-me que força têm as palavras, que cores tomam, que danças fazem
E esqueci-me também do seu significado ou o sentido que tomam.
Esqueci-me de como se anda, pelo que sigo para onde os meus pés me levam
Esqueci-me do que é sentir frio, fome, calor ou sede, esqueci-me simplesmente de sentir.
Poderia também dizer que me esqueci de quem fui, quem sou e de quem quero ser...
No fundo, esqueci-me de esquecer.

Ah, sim...
E num suspiro digo com a réstia de orgulho que ainda não sucumbiu
"Esqueci-me de me esquecer de ti e esqueci-me de esquecer o quanto te amo."

Quantas vezes

Quantas vezes me arrependi de não ter chorado quando te foste?

Sabes o quanto me dói ver-te partir, ansiar que voltes e saber sempre que esse regresso só será possivel quando eu mesma morrer?
Quantas vezes ao longo do dia te recordo com um sorriso nos lábios e uma lágrima a correr-me pelo rosto?
Porque é que continuo a sentir a tua presença naquela casa vazia e fria?
Porque tenho medo de esquecer o teu sorriso, as tuas mãos e o teu rosto cansado mas sempre feliz?
Tudo o que me rodeia me faz lembrar de ti: a chuva que me lembra as histórias, o sol de verão que me lembra os risos e a boa disposição, a noite que me lembra quando cantavas para mim, a musica que me lembra como dançáva-mos alegres e sem preocupações...tudo me lembra o que me ensinaste.
Porque me deixaste? Eu era só uma miuda, uma criança que depois de partires foi obrigada a crescer demasiado depressa e a suportar tudo sozinha, que no choro não traz tristeza nem compaixão mas sim raiva e ódio, que não é capaz de sorrir sinceramente.
Mas eu sei que estás comigo, sempre, em todas as horas e minutos...quando acordo, quando me deito, quando me rio ou choro, quando quero desaparecer e ir ter contigo onde nem os anjos podem entrar por ser um sítio perfeito demais.

Não te esquecerei.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Se a saudade tivesse nome próprio




Se a saudade tivesse nome próprio, seria o teu




E se o teu nome desaparecesse, eu conseguiria dormir á noite




Se nas minhas noites os sonhos não existissem tu não passarias de uma recordaçao




Se tu fosses apenas uma recordação eu seria menos que ar e perguntar-me-ia:






Quem sou eu?

Uma Demência chamada Amor

Chamem-me insane, demente, maluca...
Digam que tenho alucinações e que não digo coisa com coisa...
Digam que tenho o olhar cheio de raiva, loucura...
Apontem-me o dedo, gozem e humilhem...
Vejam as coisas dessa prespectiva!
Eu conto-vos a minha:
Insane, demente, maluca?
Sim! Por não estares aqui!
Alucinações, não digo coisa com coisa?
Não são alucinações...são sonhos! O que para mim faz sentido é incompreendido por muitos!
Olhar cheio de raiva?
Claro...estás longe e inatingível...há meio mundo entre nós...literalmente!
Loucura?
Não podia estar mais certa! Estou louca para que chegues, para te ter nos meus braços, no meu corpo e em Mim!
Se me apontarem o dedo e humilharem...
Estão apenas a fazer isso uma rapariga que está apaixonada e que anseia dizer-te num sussurro:
-Amo-te!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Não quero


Não quero ver,
Não quero ouvir,
Não quero simplesmente sentir.
Não quero chorar,
Rir,
Ou até mesmo irritar-me.
Não quero tocar,
Não quero andar,
Não quero estar parada ou sentada.
Não quero ser eu,
Não quero ser outra pessoa...
Resumindo?
Quero pura e simplesmente não Ser!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Across the World


De onde veio toda esta raiva? De onde surgiram as lágrimas que á tanto estavam escondidas naquele recôndito canto de mim? De onde surgiu todo este ódio que não se desvanece? Quem acordou toda esta ânsia de fugir, de sair daqui o mais depressa possível?
Não aguento mais...é um inferno vivo! Só quero correr, fugir daqui para um lugar onde ninguém me conhece, onde ninguém sabe quem sou, de onde vim e para onde quero ir...um lugar que, uma vez lá, possa gritar até ficar sem voz, chorar até me secarem as lágrimas, correr até cair para o lado de cansaço e sem ar...morrer quem sabe!
A única pessoa que pode fazer com que tudo isto desapareça és tu e mesmo tu és incapaz pois vives do outro lado do mundo! Apenas as tuas palavras me fazem sentir em casa e posso garantir-te que casa não é onde me sinto.
Eu sei que existe algo mais para mim fora deste sítio para além do inferno que tem sido aqui...Sei de um sítio em que todas as minhas mágoas e problemas desapareceriam, em que as minhas lágrimas eram incapacitadas de correr, em que o meu ódio, a minha raiva eram limpas e substituidas por sorrisos sem fim...Onde serias tu o autor de tais obras...Nesse local do outro lado do mundo onde poderia recomeçar e deixar tudo isto que me magoa para trás.

Amo-te.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Burning


My body was burning...I could almost feel the flames kissing my skin...my eyes were blurry and dry...the smoke was unbearable and my lungs were heavy...my throat hurted me so bad that it was painful to even breath! I couldn't see anything around me besides flames...beautiful, escarlate flames that were dying to touch my body and devour it...I was week with such "beauty", my body was giving up, my mind blurry and the crackle of flames was getting far every minute past, so was the sound of a voice calling my name!
I fell...my body meet the ground and my eyes closed...The pain was so much, so strong that I wished I died...The smoke was burning me alive inside...I wanted the pain to stop! The floor was even hotter, now that I was lying there, alone...The voice kept calling my name..."The sound of angels? If I'm dead why does it still hurt so bad??"-I thought.
Someone lift me up, because I couldn't feel the ground burning me anymore. My body ajusted to the angel's body in a perfect way. "Wait...If there's flames all around I must be in hell...It's not an angel...it's a devil!"-I thought again...
Sudently, the air was cleaner, lighter, supportable...but my throat hurted even more now that the air was fresh...I was lying on the floor, again...I cough so much that I thought that my lungs were about to jump off my body...
I opend my eyes...and there it was...my savior, my hero...taking the ashes off my face, with such a worried voice...I tried to talk, but he sushed me...
Across the street someone was desperetly screaming my name...I decided to take a look and there he was...the owner of my heart, stopped by friends...his face, washed with tears...his eyes...I'd never seen those eyes in such suffering and pain...when I looked at him I wished I had died embraced in those flames, so I just didn't had to watch the agony on his face!
He ran to me...kneeled beside me and took my weak hand...I reached his face and wiped off his tears and I gave him the best smile I could, although it hurt...he smiled me back and kissed my lips so gently, so softly...with such passion and despair that I had never had felt so many things on just one single kiss...
I woke up.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Hoje


Hoje é o dia em que a esperança é vã,
Hoje é o dia em que o cansaço se apodera de mim.
Hoje é o dia em que não consigo chorar,
Hoje é o dia em que os sonhos se misturam com a realidade.
Hoje é o dia em que a indiferença está presente,
Hoje é o dia em que o sol não quer nascer no horizonte
E que a lua se esconde das estrelas.
Hoje é o dia em que tu não estás aqui,
Hoje é o dia em que a simples memória do teu beijo que não existe magoa,
Hoje é o dia em que me perco sem ti.
Hoje é o dia.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Existência


Existir por existir...foi sempre o que fiz até agora...apenas existir. Ser mais um corpo, talvez vazio e desprovido de sentimentos e emoções, frio, gelado mesmo...Um corpo que inspira e expira o ar poluído e asfixiante que o rodeia...Apenas um corpo, um rosto de olhos vazios e ocos, um corpo cansado e exausto, como diria o poeta "tudo em mim é cansaço"...Um corpo encravado e encuralado num poço sem fundo, abaixo da terra, abaixo do limite do sopurtável e que conhece a dor, o frio, a solidão e a escuridão mais do que devia, onde o ar é menos ar e mais demência...onde a luz não se atreve a chegar.
Sorrisos...de que servem eles? Lágrimas...para quê vertê-las? Abraços, beijos, carícias...para quê ansiá-las, desejá-las e recebê-las se quando o tempo passa se tornam em memórias dolorosa e penosamente toleráveis que enchem o meu poço e que o tornam cada vez mais pequeno?
Existir por existir...para quê existir de todo se vamos parar sempre ao mesmo sítio e se a felicidade é recôndita, utópica e efémera?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Somewhere Deep Inside


I was there, deep inside the ground
I was in the whole that once was my home,
I was there...


The space were so small, so dark
The light came just from above my head
It was cold, dark and the claustophobia started to seize me

Once again...
Once again...


Once again I wanted to fell on my knees
Once again the air, although cleaner
It was cold...it brought the lonliness back
Once again I felt alone
Once again I wanted to scream till there was nothing left from my empty body
Once again...


I was there again
Somewhere deep inside
At the center of my Earth
At the center of Me...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sorrisos


Quando a inspiraçao falha, quando existem dias que parecem não acabar e quando quero que o mundo me deixe em paz e o mundo simplesmente não o faz, o que me dá forças para continuar acordada? O que me faz dizer "Quero acordar amanhã!"? A resposta não poderia ser mais simples...o teu sorriso! O teu sorriso doce, infantil, sensivel e ingénuo, o teu sorriso cheio de vida, força e ternura...o teu sorriso.
Porém, sempre me questionei acerca de sorrisos e lágrimas...porque é que existe tanto medo de se chorar perto de alguém, mas ainda mais pavor de sorrir sozinho? Se apenas eu sei como me sinto feliz, porquê o medo de partilhar esse sorriso comigo mesma? Se alguém me magoa, mal-trata e humilha, porque não chorar em frente das pessoas que me fazem passar por tais atrocidades?
Mas existe sempre um sorriso que me faz brilhar mais, existe sempre um sorriso que me faz voar mais alto...há sempre um sorriso que me puxa do buraco escuro a que sucumbi...esse sorriso, é o teu!