sábado, 25 de maio de 2013

A Vida a Preto e Branco

Dei por mim a pensar que, a maneira como vemos o Mundo que nos rodeia é, de facto, a preto e branco. Todas as cores que vemos e que percepcionamos não passam de uma simples ilusão. A cor é directa, não pede para ser aprofundada, tem significado lógico e racional, mantendo-nos na ignorância.
A vida a preto e branco tem muito mais sentido: a infindável gama de cinzentos que existem, permitem que nos questionemos sobre o que significam, qual é o sentimento que lhes está associado. Permitem que olhemos para dentro, que indaguemos mais fundo e que nos apercebamos de coisas que nunca antes nos tínhamos apercebido.
Quem disse que uma vida cheia de cor é tudo o que existe, claramente nunca esteve às escuras e se apercebeu de que pensamentos, emoções, medos, ansiedades e todos os sentimentos que nos permitimos sentir não têm de facto cor. São informes e sem cor, no entanto, são vividos com tanta intensidade que faz o mais pequeno dos corações saltar do peito. É por isso que uma vida a preto e branco tem mais interesse, é mais apaixonante, porque nos permite imaginar cores imagináveis e sentimentos nunca antes vividos; apela à imaginação, à música, ao som, a dar importância àquilo que realmente importa: Nós.

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