quarta-feira, 4 de março de 2009

Salva-me!!!


Serás tu aquele que está destinado a olhar com olhos de ver os meus olhos tristes, que escondem lágrimas que suprimo diariamente?
Se és, por favor, deixa-te de jogos e brincadeiras... vai directo ao assunto e faz com que o meu olhar se torne azul como o céu e não cinzento como o mar em dia de tempestade.
Dá-me o comforto e protecção de que preciso!
Sou mais do que mostro, sou mais do que pensas.
Hoje acordei disposta a mudar, disposta a mais uma vez fingir que sou feliz e que tudo em mim é perfeito, que a minha vida é perfeita. Estava disposta a pôr de parte a arrogância que me dizem ter e ser o ser mais feliz e simpático á face da Terra. Mas mais uma vez, isso tornou-se impossível, pois há sempre alguém á minha volta que faz dispertar o pior que há em mim. E mais uma vez os meus olhos ficam cinzentos e pesados, demasiado tristes para que ouse mostrar-tos e olhar-te nos olhos, pois não quero que também tu sintas aquilo que eu sinto.
Por mais um dia, serei alguém, mais um alguém. Alguém cheio de raiva e ódio, de arrogância e que coloca uma máscara feita de sorrisos e ironia, uma fortaleza impenetrável.
Salva-me deste forte que construí á minha volta, deste desejo sadio de ser livre. Torna-me livre!!!
As palavras confundem-se na minha cabeça, não sei que sentido tomam, é como se falassem uma língua inexisteste que não compreendo, e por isso sinto-me vazia. As palavras não me falam e se assim é, como posso eu dizer-te, gritar-te e ansiar que me resgates na calada da noite e que me leves deste sítio imundo em que vivo???
Mais uma lágrima ameaça em sair...Engulo o choro, como tantas outras vezes e no lugar das lágrimas meto um sorriso radioso, cheio de mentira e falsidade, que aos olhos de quem não me conhece parece de todo sincero!
Onde andas tu? Aparece, deixa-te de brincadeiras. Não achas que já sofri demais? Não achas que já dei demais de mim? Pára, por favor! Não sejas cobarde como todos os outros e mostra-te, revela-te e não te mantenhas na mesma sombra que eu, é escuro demais, frio demais e dói demais. O suficiente para enquanto não me vieres buscar, eu começar a gostar de sofrer, começar a ficar habituada e sem esperança.
É assim que me sinto, sem qualquer réstia de esperança de que apareças, quando estás mesmo á minha frente mas a milhas de distância.
E é assim que vou estar até ao fim dos meus dias. Com um sorriso mentiroso no rosto e com uma dor aguda que chega a ser física, que me deixa de rastos, que me dá vontade de me atirar para o chão e aí ficar, á espera que a morte ou qualquer outra coisa que alivie este sofrimento chegue e me leve.
Sê a minha morte e leva-me daqui!

0 comentários: