segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Arlequim

Meu pequeno Arlequim...sentado na beira do passeio, indifrente aos olhares que passam constantes e metódicos pela rua...

Se ao menos eles soubessem...
Se ao menos eles soubessem que por detrás do fato feliz e colorido, onde os losangos brincam com as cores, vive um coração magoado por Elisa...
Por uma Elisa que partiu com outro e que despedaçou o nosso pequeno coração! Nosso, sim!
Nosso porque me deste a comer metade, e também eu me tornei Arlequim.
Meu pequeno Arlequim, para quando a chegada de Columbina? Ela não partirá com Pierrot! Será?
Nós que prometemos não mais nos apaixonarmos, brincar com os outros por meio de beijos e traquinices, mas que dentro escondemos um negro segredo, que contrasta com o nosso alegre fato...
Meu pequeno Arlequim, que tiras do teu pequeno bolso o punhal de lâmina amiga, de prata espelhada, que seguras o cabo talhado de rubis, diamantes e safiras, de perfeita simetria...Uma obra de arte para fins sadios.
E Columbina que não vem?
E niguém repara no punhal...
Lembra-te de que estou ligada a ti pelo coração, por isso, se essa lâmina encontrar a tua carne eu vou sentir e sangrar contigo, vou chorar mostrando um sorriso e vou morrer á espera do amor que prometi não acontecer.

1 comentários:

Nokas disse...

é lindo, a carne que ele fere sente-se de fora...

gosto muito de ti mana